Você acredita que o uso de alimentação orgânica é extremamente necessária ou é só modismo para vender mais caro?
As plantações não orgânicas não são cultivadas para uma saúde otimizada, mas sim para serem produzidas mais facilmente e em larga escala.
O QUE SÃO ALIMENTOS ORGÂNICOS?
Definição de um alimento orgânico de acordo com a Organic.org:
“Produtos e outros ingredientes orgânicos são cultivados sem o uso de pesticidas, fertilizantes sintéticos, resíduos de esgoto, organismos geneticamente modificados ou radiação ionizante. Animais que produzem carne, aves, ovos e laticínios que não tomam antibióticos ou hormônios de crescimento.” Além disso para ser considerado orgânico, o produto precisa respeitar o ambiente e a sustentabilidade social. No caso dos animais de em ser criados soltos, a pasto e sem estresse de confinamento.
A Escola de Saúde Pública T.H. Chan de HARVARD descreveu um relatório sobre os possíveis benefícios da agricultura orgânica.
Os pesquisadores usaram estudos in vitro e em animais, estudos epidemiológicos e análises de culturas alimentares para determinar que a maior preocupação foi em relação aos alimentos cultivados convencionalmente com o uso de pesticidas, que ainda são detectáveis mesmo depois de lavados. Demonstraram ser tóxicos para os seres humanos e para o cérebro principalmente das crianças. O uso predominante de antibióticos na produção animal convencional é um fator chave na resistência aos antibióticos. Em comparação, os alimentos orgânicos são geralmente livres de pesticidas e de antibióticos.
Então Por que preferir orgânicos?
Veja os benefícios:
- São mais frescos e mais saborosos;
- Maior concentração de nutrientes; (como não são usados aditivos para crescimento rápido, tem maior tempo para retirar da terra elementos essenciais, como sais minerais e nutrientes; favorecendo maior saciedade;
- Maior concentração de compostos bioativas antioxidantes e antiinflamatórios;
- Livre de aditivos o que facilita a absorção dos nutrientes pelo organismo.
Quais alimentos orgânicos são os mais importantes para comprar?
Todos nós podemos ser prejudicados por pesticidas, mas se você é uma mulher em idade fértil ou tem crianças pequenas, é muito importante que você tome medidas para diminuir a exposição. O ideal é que todos os alimentos que você e sua família consomem sejam orgânicos. No entanto, nem todos têm acesso a uma ampla variedade de produtos agrícolas orgânicos e, às vezes, isso pode ser mais caro do que comprar os alimentos convencionais.
Um modo de economizar e, ao mesmo tempo, diminuir o risco é comprar determinados itens orgânicos e outros de plantio convencional. Produtos de origem animal, como carne, manteiga, leite e ovos são os mais importantes que devem ser adquiridos como orgânicos, uma vez que eles tendem a acumular biologicamente toxinas das rações contaminadas com pesticidas, apresentando concentrações maiores do que as encontradas nas hortaliças.
Diferentemente das frutas e hortaliças, em que as etapas de descascar e lavar podem reduzir a quantidade dessas toxinas, os pesticidas e as drogas aos quais esses animais são expostos durante a vida toda podem ficar incorporados nos tecidos, principalmente na gordura. Portanto, se você está com o orçamento apertado, escolha primeiro alimentos orgânicos de origem animal.
Além dos alimentos de origem animal, a carga de pesticidas de diferentes frutas e hortaliças pode variar muito. A Consumer Reports analisou 12 anos de dados do Programa de Dados de Pesticidas do USDA para determinar as categorias de risco (de muito baixo a muito alto) dos diferentes tipos de produtos agrícolas.
Se você não consegue manter uma alimentação 100 % orgânica opte pelo menos por estes alimentos listados a seguir:
Pimentão, morango, tomate, pêssego, maçã, pimenta, aipo, nectarina, tangerina, amora, cereja, uva, espinafre, pepino, batata doce.
Eles são os que tem MAIOR quantidade de agrotóxicos, MAIOR carga tóxica e que você deverá comprar na forma orgânica.
Fonte:
1. European Parliament, co-authored by Harvard Chan School’s Philippe Grandjean.
Harvard Chan School of Public Health February 12, 2017.
2.Consumer Reports March 19, 2015.