Depois de um dia exaustivo ou particularmente desgastante, é comum estar estressado o suficiente para descontar tudo na alimentação principalmente exagerar naquele docinho. “Hoje pode”! Contudo, vale lembrar que esse hábito, além de te obrigar a comprar roupas maiores, pode aumentar o risco de desenvolver problemas como ansiedade e depressão.
Um estudo realizado pela University College London ao longo de 30 anos (1983-2013), apontou que consumir mais de 67 gramas de açúcar por dia aumentou em 23% as chances de homens desenvolverem distúrbios psicológicos como ansiedade e depressão.
A depressão não é causada apenas por substâncias químicas em desequilíbrio no cérebro; no entanto, existem vários outros fatores biológicos que parecem ser altamente importantes. A inflamação crônica é um deles.
O AÇÚCAR é um dos ingredientes MAIS inflamatórios na sua alimentação.
É praticamente impossível tratar a inflamação sem observar o papel do açúcar, encontrado amplamente na maioria dos alimentos processados.
Além de estimular a inflamação crônica, o consumo de açúcar refinado pode exercer um efeito tóxico, contribuindo para a resistência à insulina e leptina e à sinalização prejudicada, que exerce um papel importante na sua saúde mental.
O açúcar também suprime a atividade de um hormônio importante do crescimento chamado BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), que ajuda a manter os neurônios do cérebro saudáveis.
Os níveis de BDNF são extremamente baixos na depressão e na esquizofrenia, sugerindo que podem ser a verdadeira causa. Em 2004, o pesquisador e psiquiatra britânico Malcolm Peet publicou um estudo sobre a relação entre a alimentação e a doença mental. Sua principal descoberta foi uma ligação forte entre o alto consumo de açúcar e o risco de ter depressão e esquizofrenia.
Outro estudo publicado em 2007 mostrou que a inflamação pode ser mais do que apenas outro fator de risco da depressão. Ela pode, de fato, ser O fator de risco que sustenta todos os outros.
Fonte: 1.Guardian June 30, 2015; 2.Brain,Behavior and Immunity 2013 Jul;3.Translational Psychiatry (2014); 4.British Journal of Psychiatry 2004; 5.International Breastfeeding Journal 2007.